Uma coisa que atrapalha muito a minha vida é um anormal excesso de timidez. Perco excelentes oportunidades por falta de coragem de encarar pessoas, de telefonar e, às vezes, até de escrever.
Quando estou tocando num show a coisa é mais ou menos fácil, pois me escondo num personagem, o músico mal-humorado que está sempre com aquela cara de “que espécie de merda eu tô fazendo aqui”. Além disso, o palco tem outras compensações, é muito divertido fazer coisas e provocar reações nas pessoas.
O problema é o que eu faço para ganhar dinheiro. Trabalho numa Instituição de ensino superior, das 10:00 às 18:00 em função administrativa e das 19:10 às 22:45 como professor.
O pior momento compreende os 70 minutos entre uma coisa e outra. Saber que vou encarar uma sala de aula com 40, 60 ou até 80 pessoas, por duas vezes, provoca uma sensação extremamente desagradável. É a hora que da vontade de fugir, ainda bem que eu não sei pra onde.
Às vezes as coisas não são muito boas, às vezes dá tudo certo, mas mesmo assim o saldo final é sempre muito agressivo.
Não quero justificar meus sentimentos, sei melhor do que ninguém o quanto isso está errado e das conseqüências ruins que tem. Mas essa coisa existe, é um fantasma que tem me assombrado desde que eu possa me recordar. E fantasmas não morrem.
Quando estou tocando num show a coisa é mais ou menos fácil, pois me escondo num personagem, o músico mal-humorado que está sempre com aquela cara de “que espécie de merda eu tô fazendo aqui”. Além disso, o palco tem outras compensações, é muito divertido fazer coisas e provocar reações nas pessoas.
O problema é o que eu faço para ganhar dinheiro. Trabalho numa Instituição de ensino superior, das 10:00 às 18:00 em função administrativa e das 19:10 às 22:45 como professor.
O pior momento compreende os 70 minutos entre uma coisa e outra. Saber que vou encarar uma sala de aula com 40, 60 ou até 80 pessoas, por duas vezes, provoca uma sensação extremamente desagradável. É a hora que da vontade de fugir, ainda bem que eu não sei pra onde.
Às vezes as coisas não são muito boas, às vezes dá tudo certo, mas mesmo assim o saldo final é sempre muito agressivo.
Não quero justificar meus sentimentos, sei melhor do que ninguém o quanto isso está errado e das conseqüências ruins que tem. Mas essa coisa existe, é um fantasma que tem me assombrado desde que eu possa me recordar. E fantasmas não morrem.
6 comentários:
Já ouviu falar em psicólogo? Analista? Terapeuta?
Pior é que estou falando sério!
Se você achar um competente, faz uma diferença danada - no seu caso, algo como Bill Murray em "Ghostbusters".
Se achar um incompetente, vai desperdiçar uns 100 mangos por semana durante uns dois meses. E nada melhor que um susto no bolso pra nos motivar contra qualuqer merda, inclusive fantasmas!
Acredito q desperdicar os 100 mangos por semana eh bem mais eficaz.
Então, Felipe, eu também pensava assim, achava que psicólogo era tudo charlatão ou então coisa para "louco". Mas mudei completamente de opinião quando fui fazer terapia. Agora, é o que eu disse: tem que ser um cara dos bons, senão é dinheiro jogado fora mesmo...
Eh!! Escrever alivía, falar também e nessa hora a pessoa mais indicada é o terapeuta mesmo, pois os amigos só vão te dar idéias inconsistentes, sacanagem e tal...
- Larga tudo e vamos tocar em Madri, cassete!!!
nao acho q psicologo seja tudo charlatao (nem posso, meu pai era psiquiatra e minha mae eh terapeuta de familia hehehehe) mas acho q se ele achar um cara bem ruim vai ser melhor, vai criar uma revolta muito grande (o q eu acho q ele precisa) e por se sentir otario resolva fazer alguma coisa.
Se é só questão de gastar 100 conto por semana, é só chamar a gente para beber todo dia e pagar uma rodada de cerveja para todo mundo!!! Gasta dinheiro e melhora o ânimo...
só não garanto o tamanho da barriga...
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