domingo, 23 de novembro de 2008

Pegação

Apesar da minha solteirice crônica (e atualmente incômoda) nunca freqüentei lugares dedicados à “pegação”. Por experiência, saí uma noite dessas do trabalho e fui a um desses lugares.
O lugar é ótimo: boa música ao vivo, boas bebidas, pessoas bonitas e um ambiente extremamente agradável. Num dado instante, distraído como sempre, fui subitamente abordado por uma senhorita que me ofereceu um cigarro. Após dizer que não fumo, a senhorita iniciou um discurso sobre como era correto o que eu fazia, que o cigarro é uma coisa ruim, depois caindo para o lado das coisas que ela odeia, sem dar muita chance para que eu falasse.
Confesso que gostei de ser abordado, por outro lado admito que aquela pessoa não me emocionou muito. Ela tinha um discurso extremamente vazio, que eu tenho evitado, aparentando ter “QI de ostra com morte cerebral” (“Boy do Escort” – Paulo Mancha). Não sei se feliz ou infelizmente abandonei a fase “pra quem ta se afogando jacaré é tronco”.
Hoje a solidão me desagrada, mas admito que é difícil mudar isto. De qualquer forma, se qiser mudar alguma coisa preciso ter atitude.
A propósito, gostei tanto do lugar que tenho uma garrafa de Jack lá.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Retrocesso

De um ano para cá algumas coisas mudaram na minha vida. Experimentei muito e algumas pessoas dizem que estou “melhor”. Não sei ao certo o que querem dizer, mas o fato é que sinto o mesmo mal estar que sentia quando comecei com o blog.
O modo inferiorizado como me sinto em relação às pessoas não mudou, apenas a minha reação não é tão sarcástica. Tive uma ascensão profissional e o trabalho acabou preenchendo alguns “vazios”; confesso que essas coisas de carreira são realmente sedutoras e sempre é bom ser reconhecido por um bom trabalho, mas quando se torna a única coisa na vida, precisa-se ter cuidado para não ser surpreendido pelas coisas que fazem falta.
Tenho poucos amigos, que vejo pouco. Às vezes gostaria que eles entendessem que me são caros, me fazem falta e que a briga que eu tenho é apenas comigo mesmo (viu, Daddy?).Na falta de coisa melhor, uso a barriga para continuar empurrando, pois a maior de todas as minhas derrotas seria procurar um psiquiatra e me entupir de Prozac.