segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Natal

Não vou escrever mais um daqueles textos que falam sobre a dor e a hipocrisia do Natal. Muito já se escreveu sobre isso porque o Natal deprime muita gente, inclusive a mim.
No momento minha dor é outra, algo mais parecido com cansaço. É muito cansativo conviver com vários tipos diferentes de pressão.
Talvez todas as pressões tenham a mesma origem: a substituição dos relacionamentos por conexões.
Relacionamentos pressupõem compromissos, a tentativa de fazer com que sejam permanentes.
Conexões possuem o único compromisso de serem desfeitas, quando acabam os interesses ou quando “fica chato”.
Na vida profissional, social e afetiva, o peso das conexões se faz sentir de maneira diferente nas pessoas. Sinceramente, ainda não consegui me adaptar a isso.
Espero que o Papai Noel tenha lido minha cartinha, que até parece com isto. Ele tem esse compromisso.

domingo, 9 de dezembro de 2007

A profissional

Não era a mais bonita do lugar, mas eu acreditava que poderia resolver meu problema. Aliás, não estou acostumado a pagar por este tipo de serviço.
No início ela procurou me deixar à vontade, com a opção de sentar ou deitar. Perguntou como eu gostaria de ser atendido e iniciou o seu trabalho.
Interessante o modo como ela buscou conhecer as minhas necessidades e deficiências, além de mostrar-se muito disposta a me ajudar.
O que talvez possa parecer surpreendente é que quando eu manifestei minha desconfiança quanto a este tipo de serviço, ela disse que só poderia ser responsável por metade do resultado, que eu deveria estar disposto a ter um papel ativo.
Saí de lá com a promessa de voltar na semana seguinte, até mesmo por curiosidade.
Assim foi a minha primeira sessão de terapia. Disseram-me recentemente: “quando alguém olha para o espelho está querendo melhorar”; espero que seja mais do que vontade.